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Fundadora e CEO da Efígie Educacional, Lara Crivelaro fala neste artigo sobre as vantagens de investir em uma educação internacional

Lara Crivelaro*

Há anos temos acompanhado uma movimentação crescente de estudantes brasileiros que buscam fazer sua graduação fora do país. Se por um lado é ruim identificarmos que os nossos talentos estão indo atrás de outras alternativas que não sejam as universidades brasileiras; por outro lado, é extremamente relevante ampliarmos esse intercâmbio educacional e cultural para formarmos cidadãos globais.

As habilidades do futuro, segundo o Fórum Econômico Mundial, passam pelo pensamento crítico, resolução de problemas, criatividade, resiliência, flexibilidade, comunicação e colaboração. Ou seja, independentemente de onde os jovens têm buscado cursar suas faculdades, é notório que muitos deles estão preocupados com os rumos sociais, ambientais e econômicos do Brasil e do mundo. As novas gerações têm procurado propósitos pelos quais acreditam que vale dedicar tempo, energia e pesquisa.

De acordo com o relatório “Diversify with Data: Insights for Higher Ed Institutions”, elaborado pelo Studyportals, baseado em dados da UNESCO, o Brasil está entre as 10 nações que mais tem alunos estudando no exterior, com cerca de 90 mil estudantes dentre os mais de 5,5 milhões. Entre os principais destinos dos brasileiros estão a Argentina, Portugal, Estados Unidos, Austrália, Canadá, Alemanha, França, Espanha, Reino Unido, Itália, entre outros.

Ampliando um pouco a questão, o relatório indica que há uma concentração expressiva, uma vez que 14 países (incluindo o Brasil) representam metade de todas as matrículas de estudantes internacionais. Além disso, 30% dos estudantes no exterior vêm de apenas dois países: China e Índia.

O questionamento que fica é: por que tantos jovens têm buscado estudar fora dos seus países de origem? E quais as vantagens de cursar uma universidade no exterior?

Com a globalização e as constantes mudanças que vem ocorrendo no mundo, os jovens estão buscando ampliar os seus leques de opções para seguir uma carreira que seja baseada em projetos e que não sejam atividades mecânicas e nem monótonas.

Também é possível identificar que o intercâmbio educacional e cultural tem sido considerado um grande gerador de valor, assim como a nova onda que tem surgido que são os “nômades digitais”, que são aqueles profissionais que precisam somente de uma conexão com a internet para desenvolver o seu trabalho.

Vale destacar que existem diversas vantagens para os estudantes brasileiros que optam por fazer universidade no exterior. Algumas delas incluem:

  • Qualidade do ensino: em diversos países, as universidades têm uma tradição de excelência no ensino e na pesquisa, com professores altamente qualificados e instalações modernas e bem equipadas. Essa qualidade de ensino pode proporcionar ao aluno uma formação mais sólida e prepará-lo melhor para o mercado de trabalho.
  • Aprendizado de uma nova língua: estudar no exterior oferece aos brasileiros a oportunidade de aprimorar ou aprender uma nova língua, o que pode abrir portas para carreiras internacionais e expandir a visão de mundo do estudante.
  • Intercâmbio cultural: estudar em outro país permite que os brasileiros tenham uma imersão em uma nova cultura, com a possibilidade de fazer novas amizades e construir uma rede de contatos internacionais.
  • Acesso a programas de pesquisa e estágios: muitas universidades estrangeiras oferecem programas de pesquisa e estágios em empresas renomadas, proporcionando aos alunos experiências valiosas em suas áreas de interesse.
  • Reconhecimento internacional: ter uma graduação em uma universidade estrangeira pode ser um diferencial no mercado de trabalho, já que muitas empresas valorizam a experiência internacional e a diversidade cultural dos candidatos.
  • Possibilidade de trabalhar no exterior: ao concluir a graduação no exterior, os brasileiros podem optar por trabalhar no país em que estudaram ou em outros países que valorizam a formação internacional. Isso pode abrir portas para novas oportunidades de carreira e ampliar as perspectivas profissionais do estudante.

Portanto, acredito que toda e qualquer iniciativa educacional que invista ou colabore com o futuro dos nossos jovens é muito bem-vinda. Oportunizar mais possibilidades educacionais no exterior não deve ser obrigatório, mas as escolas e as famílias devem sim priorizar a formação integral dos nossos jovens para que eles tenham a autonomia de escolher qual o caminho querem seguir.

*Fundadora e CEO da Efígie Educacional, diretora-executiva do Instituto Educbank e doutora em Sociologia

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