Skip to main content

Docentes avaliaram o relacionamento que conseguiram manter com os alunos em 2020 e sua adaptação à tecnologia

A Nova Escola, realizou uma pesquisa online com sua base de usuários que revela a percepção dos professores sobre 2020 e as expectativas para 2021. O levantamento foi respondido entre os dias 5 e 15 de janeiro de 2021, no site da Nova Escola — negócio social voltado a oferecer recursos para educadores e a melhorar a educação pública no Brasil, –, por 1.560 professores da Educação Básica.

O questionário contou com respondentes de todos os estados da Federação. , Do total, 1.205 (59%) atuam no Ensino Fundamental e 87,3% são mulheres, 64% têm 31 e 50 anos e a maioria (80,2%) leciona em escolas públicas (municipais, estaduais, federais e conveniadas). A adesão maior aconteceu em São Paulo (25,3%).

A ação propôs fazer um balanço do último ano e mapeamento das expectativas dos professores para 2021, levando em consideração:

• a motivação que sentem
• as informações que receberam das suas redes de ensino sobre planejamento
• o apoio que esperam receber dessas redes para a recepção e a avaliação diagnóstica dos alunos e para as práticas de ensino em contextos híbridos, que inclui momentos presenciais e remotos
• como avaliam o preparo dos alunos para o novo ano

Além desses aspectos, a pesquisa mostra como os professores avaliam o próprio desempenho e o que acham do desempenho dos alunos e das redes no ano que passou. A maioria ficou satisfeita com o próprio desempenho, apesar de reconhecerem que a qualidade de vida ficou comprometida em 2020.

“Não falamos em ‘ano perdido’ na Educação. As perdas irreparáveis deste ano são de vidas. Há também muito sofrimento envolvendo questões econômicas em famílias vulneráveis. Na Educação, teremos tempo para retomar e recuperar as aprendizagens. Até por isso sabemos que neste ano as turmas serão mais heterogêneas. Daí a importância de conseguir diagnosticar, já no início das aulas, o que os alunos aprenderam e o que os professores vão precisar retomar. Tudo isso sem esquecer do acolhimento que será necessário antes de tudo e para todos os atores da comunidade escolar”, explicou Ana Ligia Scachetti, Gerente Pedagógica da Nova Escola.

Segundo os dados, os educadores encerram 2020 ainda conectados com os alunos — 68,5% se autodeclaram com bom (38,1%) ou muito bom (30,4%) desempenho no quesito manter vínculos com os estudantes — e mais confiantes em relação ao uso de tecnologias: 69,5% com bom (42,9%) ou muito bom (26,6%) desempenho em relação a adaptar-se às tecnologias da informação e comunicação. Com relação a manter a saúde emocional e física, auto avaliação positiva cai para 46,8% (32,3% bom e 14,%% muito bom).

nova-escola-divulga-balanco-imagem1

Em uma escala de 1 a 5 (sendo 1, “muito ruim” e 5, “muito bom”), como você avalia o seu desempenho em 2020, em relação a manter a sua saúde emocional e física. Assinalou 0 os que preferiram não responder

“O ano foi difícil e os professores precisaram se empenhar muito para conseguir lidar com a tecnologia, ou com a falta dela, para adaptar a sua rotina ao ensino remoto e para manter alunos e pais motivados. Houve, sem dúvida, muito empenho, mas também uma sobrecarga emocional grande, o que fez a saúde mental, questão que já acompanha a profissão há anos, se tornar um tema urgente para os professores”, disse Ana Ligia.

Perspectiva em janeiro era de esperança e otimismo para 2021

Apesar de menos de um quarto dos respondentes (23,2%) avaliar o período letivo de 2020 como bom ou muito bom, grande parte acreditava, em janeiro, que 2021 seria um ano positivo. A maioria (71%) afirmou estar motivada para um ano em nível bom (31,6%) ou muito bom (39,4%). A expectativa da rede para a prática de ensino em contextos híbridos também foi vista como positiva pela maioria (30,7% bom e 22,6% muito bom) .

“As respostas abertas sugerem que o otimismo dos professores vem principalmente da perspectiva da vacina em 2021”, disse Ana Ligia Scachetti.

Mesmo diante do otimismo para 2021, as estratégias e os planejamentos propostos pelas redes de ensino para o próximo ano aparecem como um aspecto que gera desconfiança entre os participantes. Na questão correspondente as opções bom (25,2%) e muito bom (13,1%) totalizam 38,3%, já as categorias ruim (14%) ou muito ruim (11,2%), somam 25,2%. O preparo dos alunos, em termos de conteúdo e habilidades do currículo, é outro tema que, segundo 23% dos professores (ruim 15,6% e muito ruim 7,4%), demanda atenção .

nova-escola-divulga-balanco-imagem2

Em uma escala de 1 a 5 (sendo 1, “muito ruim” e 5, “muito bom”), como você avalia sua disposição e motivação para 2021. Assinalou 0 os que preferiram não responder

Nova Escola oferece conteúdos gratuitos para apoiar professores e gestores

A recente pesquisa da Nova Escola faz parte das ações que a associação está conduzindo desde o início da pandemia para apoiar os professores e redes do ensino público no enfrentamento dos desafios impostos pelo isolamento social. Nesse sentido, acaba de lançar o Trilhas do Amanhã, projeto que oferece aulas ao vivo, cursos e e-books gratuitos para auxiliar professores e gestores escolares (diretores e coordenadores pedagógicos) nos principais desafios que enfrentarão em 2021.

Em 2020, pelo projeto Conexão Educativa, feito em parceria com o Google.org, a Nova Escola também disponibilizou gratuitamente mais de seis mil planos de aulas, além de cursos e atividades gratuitas adaptadas para o ensino remoto. O Educação em Rede, que envolveu Nova Escola e Facebook, apresentou uma série de cursos, tutoriais e entrevistas sobre uso de tecnologia para a educação a distância.

Ao lado da Fundação Tide Setubal e com o apoio da Fundação Lemann, organizou ainda em 2020 o Movimento Saúde Emocional de A a Z para sensibilizar e engajar os professores nos desafios relacionados à sua saúde emocional durante a após a crise sanitária. Todos os conteúdos podem ser acessados sem custo no site da Nova Escola

Compartilhe: