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A ciberarquitetura, um dos pilares da educação do século 21, pode alterar relações de ensino-aprendizagem

A ciberarquitetura, um dos pilares da educação do século 21, propõe uma nova modelagem das salas de aula de forma a integrar o espaço físico e o digital. Isso porque a forma como as salas de aula são organizadas tambéminfluencia o processo de aprendizagem dos alunos.

Uma das mais famosas palestras de brasileiros para o TEDx Talks, em 2014 já chamava a atenção para a importância da ciberarquitetura. A educadora Patrícia Lins e Silva destacou, naquela ocasião, como as salas de aula sofreram poucas modificações nos últimos 200 anos, enquanto as relações de ensino-aprendizagem passaram por alterações.

“Pode-se afirmar que um centro cirúrgico atual seria totalmente estranho para um médico de 200 anos atrás. O que, infelizmente, não ocorreria com um professor daquela época ao se deparar com uma sala de aula de hoje. Ao contrário, se sentiria muito à vontade”, disse Patrícia Lins e Silva.

Mas isso não é bom. Porque as escolas estão estruturadas de acordo com as demandas da primeira revolução industrial. Se já era um ponto negativo em 2014, imagine agora, no pós-pandemia, com tantas mudanças que ocorreram – e ainda estão acontecendo – no ambiene escolar.

Ciberarquitetura pode incrementar relações de ensino-aprendizagem

O arquiteto mineiro Cláudio Mafra, originalmente especializado em arquitetur para bibliotecas, costuma falar sobre como reorganizar os espaços das salas de aula. O especialista explicar que a infraestrutura da maioria das escolas foi montada para atender às demandas da primeira revolução industrial. Seguem modelos semelhantes aos das fábricas e quartéis: muros, portões, horários específicos de entrada e saída. Tudo o que reproduz a estrutura de uma escola do século 20, e que se mantém nos dias de hoje.

Mafra aponta que as primeiras alterações a serem feitas nas instituições estão relacionadas à melhora do conforto ambiental. Caso a escola queira mudar a configuração das salas, é possível adotar um mobiliário mais flexível. A ideia é aprimorar os aspectos básicos que compõem o ambiente da sala de aula:

  • Ambientação
  • Acústica
  • Iluminação
  • Climatização

O arquiteto indica um investimento um pouco mais pesado. Segundo o especialista, a instituição pode usar um tipo de mobiliário que ajude a criar um ambiente mais descontraído. Pode, também, tirar uma parede e juntar duas salas para ter um espaço um pouco maior. Escolas com mais recursos podem estudar formas de modificar o zoneamento do edifício.

Outra opção é melhorar as áreas externas para que os alunos possam realizar atividades e permita maior contato com a natureza. O inverso também pode ser feito. Ou seja, separar um local dentro da própria sala de aula para cultivar um pequeno jardim, por exemplo. Mafra, inclusive, vai além, e diz que o posicionamento do professor em sala de aula também precisa mudar: “Os professores precisam ajudar a organizar essa explosão de conteúdos disponíveis.”

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