Os novos desafios da educação , incluindo o ensino híbrido na pandemia, foram discutidos durante congresso gratuito realizado pelo SAS Plataforma de Educação
O SAS Plataforma de Educação reuniu diversos especialistas, na última semana, em um congresso virtual. O objetivo era o de poder auxiliar os educadores nos novos desafios na compreensão dos caminhos do ensino híbrido na pandemia. Foram dois dias de apresentações e mesas-redondas.
Na abertura, no dia 2 de março, Fernando Trevisani, mestre em Tecnologias Educacionais e Educação Matemática pela Unesp, explicou os principais temas que têm surgido após a chegada desse formato. “O ensino híbrido é composto por vários modelos de aula que utilizam as tecnologias digitais para coleta de dados. O professor analisa estes dados e modifica as experiências presenciais de aprendizagem dos alunos”, disse o especialista ao explicar a diferença entre ensino remoto e híbrido.
A personalização do ensino, base do modelo híbrido, exige a realização de aulas presenciais. Contudo, alguns elementos do ensino híbrido podem ser aplicados mesmo com os alunos estudando de suas casas. De acordo com Ana Paula Manzalli, mestre em Desenvolvimento Educacional Internacional pela Columbia University, as escolas e professores podem usar algumas práticas do modelo híbrido durante o ensino remoto, como avaliação de recursos e conhecimentos disponíveis e a elaboração de estratégias e planos.
Durante a programação, os dois especialistas deram dicas aos professores que atuam com turmas em ensino remoto. Trevisani reforçou a importância de criar um tempo para discussão de temas com os alunos. Já para Ana Paula Manzalli, a reorganização das tarefas das equipes de docentes pode facilitar a atuação dos professores e enriquecer o ensino. Além disso, apontou a diversificação das estratégias como uma aliada do ensino.
No mesmo dia, outros especialistas do SAS discutiram sobre modelos de avaliação mais adequados de acordo com cada segmento: Ensinos Infantil, Fundamental e Médio. Guilherme Caldas, consultor pedagógico do SAS, reforçou a importância de observar as lacunas que ficaram em 2020: “No contexto atual, as avaliações ganham mais relevância”.
E o professor Ademar Celedônio, diretor de Ensino e Inovações Educacionais do SAS, defendeu que a avaliação formativa promove o desenvolvimento intencional do aluno. “A avaliação mais tradicional acaba sendo somativa e punitiva”, complementou Idelfrânio Moreira, gerente de Inovações para Professores do SAS.
Engajamento das famílias e cuidados com a saúde física e mental
No segundo dia do congresso, mais discussões relevantes para o atual cenário das escolas. Um tema abordado foi a aproximação com as famílias possibilitada pela pandemia e aulas remotas. A coordenadora de Conteúdos Pedagógicos do SAS, Amanda Teodósio, falou sobre a importância de trazer tranquilidade para as famílias que gostariam de enviar os filhos para as escolas.
A transparência nas informações foi defendida como fundamental para garantir a segurança dos colaboradores que retornam para as atividades e para os alunos e familiares.
O médico sanitarista Sérgio Zanetta e o psicólogo Tiago Tamborini conversaram sobre saúde física e mental das equipes escolares, pais e famílias. Os especialistas defenderam a abertura das escolas e o cuidado com saúde mental dos indivíduos como uma das prioridades. Zanetta finalizou a discussão reforçando o valor de acolher as inseguranças provocadas pela pandemia.
Nos dois dias, representantes de escolas parceiras participaram do bate-papo, compartilhando um pouco de suas experiências de retorno às aulas. A importância da revisão dos conteúdos do ano passado também teve destaque nas conversas.